Qualidade de vida no trabalho e subjetividades docentes

Célio Hely CURY Junior

Resumo


Este artigo surge a partir de um recorte de um tema sobre formação e trabalho docentes. O foco é a questão da qualidade de vida no trabalho docente e suas relações com a configuração da   subjetividade de professores e suas práticas profissionais cotidianas. Integraram o universo pesquisado professores regentes (concursados e efetivos) no Ensino Fundamental (6º ao 9º ano do ciclo dos anos finais) que atuam há mais de 15 anos em Escolas Estaduais na cidade de Araxá/MG. Acreditamos ter construído um conhecimento que favoreça aproximações com questões dinâmicas relacionadas ao mundo real da formação e do trabalho e às subjetividades do sujeito docente. As ações dos professores, nos espaços de produção do conhecimento e do trabalho foram retomadas e observadas. Dentre os resultados, tem-se que a partir do mundo, de seu cotidiano e de sua história, a prática e a subjetividades docentes vão se construindo. Pelo enfrentamento e encontro com a realidade, elas são afetadas pelas condições de trabalho, novas exigências educacionais, pelo quase inexistente ou mal aproveitado tempo livre disponível para o lazer e relações sociais extra-trabalho docente, capazes de potencializar novas posturas que propiciem melhoria da qualidade de vida desses profissionais. Percebemos a necessidade de que sejam realizadas sistemáticas, alargadas e organizadas ações de formação docente, capazes de aproximar e/ou disparar nos professores o comprometimento com uma prática reflexiva, uma atitude investigativa permanente e um sentido de autoria dos projetos em que se envolvem. E mais: que sejam criadas condições para que o professor tenha um espaço e um tempo para compartilhar, coletivamente, os problemas enfrentados no exercício da docência.


Palavras-chave


Educação, docência, qualidade de vida

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