Língua portuguesa - “um rio caudaloso, longo e largo”

Fabíola Cristina Melo

Resumo


Este artigo pretende discutir não só os aspectos que perpassam pelo ensino de Língua Portuguesa, mas também, os elementos que atuam como personagens no cenário da sala de aula, buscando compreender as relações explícitas e implícitas que se manifestam, seja no discurso do professor, o que o constituem como sujeito, ou nas relações de ordem prática que envolvem o fazer do professor. Estas discussões fazem parte da tese de Doutorado em Educação, intitulada CONSTITUIÇÃO DA IDENTIDADE PROFISSIONAL DOS PROFESSORES: UM ESTUDO DE CASO DOS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA EM ARAXÁ – MG. As reflexões apresentadas aqui pretendem mostrar como o discurso se modificou a partir do final da década de 1970, no Brasil, e influencia, até hoje, o discurso do professor. Iniciaremos, afirmando a necessidade de se considerar, pelo menos três elementos: a) a diferença entre a língua normativa e língua das camadas populares; b) a realidade da variação linguística e o respeito à variedade do aluno; c) a constituição identitária do professor e sua relação com a língua e o com o outro. Esses elementos colocam a língua como sendo um instrumento de difícil aprendizagem, desconsiderando qualquer outro fator que possa interferir na relação ensino e aprendizagem da língua materna, tornando-a um rio caudaloso.


Palavras-chave


Ensino de Língua Portuguesa; Professor; Sujeito; Formação; Discurso

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