A relevância da formação didático-pedagógica na docência universitária
Resumo
Com a expansão da oferta do Ensino Superior no Brasil, as oportunidades para os profissionais que almejam atuar como docentes cresceram significativamente. Por um bom tempo, predominou a ideia de que para um profissional ser considerado apto para lecionar no Ensino Superior, bastava tão somente que dispusesse de boa comunicação e domínio do conteúdo da área disciplinar que fosse ministrar. Erroneamente justificava- se que, pelo fato de o público-alvo ser constituído por adultos, não se fazia necessário o processo sistemático de formação pedagógica dos docentes. Nesta perspectiva, este artigo objetiva, por meio da pesquisa bibliográfica e de um estudo de campo com abordagem qualitativa, analisar questões relativas às representações dos professores universitários sobre a relevância da sua formação didática e seus reflexos na aprendizagem dos estudantes. Os fundamentos teóricos do estudo foram baseados, sobretudo, em autores que tratam do Ensino Superior: FERREIRA & ANDRADE (2015); ANASTASIOU & ALVES (2007); CHARLOT (2006); PIMENTA (2005); MASETTO (2003) VASCONCELOS (2000); VEIGA (2000). Os resultados apontaram que grande parte dos professores pesquisados, mesmo com titulação de mestres e doutores, nunca se submeteram a uma formação didática específica. Sendo assim, ao discutir a temática definida, o presente trabalho pretende contribuir para o questionamento dessas pseudo-verdades no âmbito acadêmico, estimulando a necessidade de formação continuada do docente universitário, tanto no aspecto pedagógico quanto no do conteúdo específico que leciona.